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“LIBERTAÇÃO! LIBERTAÇÃO!”

7 de Setembro.
 
Nas margens do Ipiranga.
 
Um ideal de liberdade.
 
"Já podeis, da pátria filhos, ver contente a mãe gentil;" diz o Hino da Independência.
 
O Brasil comemora, neste feriado no sétimo dia de Setembro, a separação política de Portugal protagonizada pelo principie regente, D. Pedro, devido as irritantes exigências portuguesas. Efetivamente, diante de revoltas, insatisfações com impostos abusivos, colonialismo, o crescimento de um sentimento patriótico, todos esses fatores contribuíram para o enfraquecimento do vínculo luso-brasileiro.
 
A história do Brasil é recente. E muitos dos vícios, contradições, explorações e acomodações coloniais ainda refletem no dia a dia.
 
“Brava gente brasileira”! Suporta com certa passividade os mandos e desmandos de uma politicagem mesquinha e intransigente. Subestimando o caráter e a integridade de uma “Pátria Mãe Gentil”. O Grito do Ipiranga nem sempre reflete o grito da opressão sofrida diuturnamente nestes ares tupiniquins…
 
Parece-nos uma prisão e a solução para as mazelas sociais vigentes e insistentes parece distante. Tudo leva ao crédito da insensatez e desistência. Erguer a espada como num gesto de desafio e declarar, de fato, uma independência moral e cívica. Livrar-se de vícios coloniais e posterior resgate de um respeito pátrio: essa é a intenção de um “povo heróico”.
 
“Libertação! Libertação!”. Assim como nas garras de um feitor, o Brasil é refém do próprio descalabro. Preso numa senzala sem teto ao sol que desponta no centro. Esta terra “deitada eternamente em berço esplêndido” mais parece estar num tronco, sob um olhar reprovador e debochado de um capitão do mato, constantemente açoitada como um escravo que tenta a liberdade.
 
“Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.”
 
A Capoeira é sinônimo de luta para se libertar. As correntes da dependência se quebram. A história do Brasil se confunde com a prática capoeirística. Os sentimentos próprios de uma liberdade plena, ficar livre de açoites, humilhações e resgatar a humanidade que está deteriorada. A Capoeira liberta. O Brasil precisa se libertar! Independência ou a morte? E quando não se escolhe? Fica-se à deriva, como um destroço de algum navio negreiro ao mar…
 
“Brava gente brasileira!”. Numa Pátria idolatrada que deixa seus filhos estarrecidos com tantos escândalos, corrupção, falta de ética, insegurança e saúde na UTI… “Brava gente brasileira”. O Brasil é “gigante pela própria natureza”. Um colosso que se reinventa. E num futuro espelhará a verdadeira grandeza. Que seja breve!
 
“Libertação! Libertação!”. Que a capoeira se liberte dos falsos mestres, estes que tentam sustentar em areia movediça as bases de um trabalho tolo e ineficaz. Evitando que a Capoeira se propague e se desvencilhe de uma imagem totalmente amadora e marginal.
 
Capoeira é ligeira! Capoeira é inclusão social! Capoeira é jogo de bamba!
 
Façamos rodas cheias de axé e mandinga por todo o globo, propagando esse ideal de independência e fraternidade que a capoeira trás em essência! Brasil-Portugal ou qualquer outra ligação patriótica estará num ritmo único: a sincronia levada no som libertador do Berimbau – a nossa espada da independência! “
 
“Nossos bosques têm mais vida” e em nossas rodas de capoeira têm muito mais axé!
 
Iê!!!!
Shion
Fundação Arte Brasil Capoeira
 
Parnaíba – Piauí

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