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Capoeira grávida, pode?

Embora a prática de exercícios durante a gravidez seja estimulada pelos médicos, a capoeira está longe de estar na lista dos esportes recomendados por eles. Um dos motivos é que os médicos logo pensam em uma roda, com pontapés, saltos e rasteiras. Outro motivo é que não é mesmo apropriado para uma mulher que não tem o hábito de praticar esportes, começar pela capoeira logo no período gestacional.

Mas a mulher que já é capoeirista, que já possui um bom condicionamento físico, pode continuar treinando ao engravidar, desde que tenha acompanhamento médico e tome os devidos cuidados.

As vantagens são a redução de sintomas comuns na gravidez, como o cansaço, inchaços, dores lombares, constipação, má circulação do sangue e varizes. Os exercícios também melhoram a oxigenação do bebê e a liberação de nutrientes para ele, ajudam no condicionamento físico da mãe, no controle do peso, atuam no estado psicológico da mulher, reduzindo as chances de depressão, melhorando a qualidade de vida e a autoestima, além de facilitar a recuperação pós-parto.

Entretanto, a capoeirista deve estar consciente de que o período gestacional não é o momento de aprender aquele movimento desejado que exige tanto equilibrio. Saltos, inclusive, são totalmente proibidos. Mesmo que sejam executados com perfeição e a capoeirista termine de pé, o simples impacto podem trazer complicações para a gravidez, como o descolamento da placenta, por exemplo.

Outros cuidados a serem tomados se referem à postura pois, ao se exercitar, é necessário respeitar a ação abdominal e o posicionamento da coluna. Também é importante evitar treinos em dias muito quentes, usar roupas leves, e beber bastante água, para manter a hidratação.

Para entrar na roda, a atenção deve ser redobrada, pois a capoeirista tem que estar ciente que, não é apenas ela que deve conhecer e tomar todos os cuidados exigidos nesse período, mas também o companheiro de jogo. Em caso de dúvida, melhor não jogar. Além disso, é importante ficar atenta ao cansaço e não abusar. O recomendado é que a grávida esteja sempre atenta ao ritmo dos batimentos cardíacos, que não devem ultrapassar 140 por minuto.

Vale reforçar que o acompanhamento médico é fundamental, pois os cuidados a serem tomados variam não só de acordo com o estado de saúde da mulher, mas também com o período gestacional em que ela se encontra. E, ao contrário do que muita gente pensa, os três primeiros meses de gravidez é que são considerados os mais críticos.

Referências:

Neila Vasconcelos – Venusiana
capoeiradevenus.blogspot.com

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