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Brusque: APAE & Capoeira

Alunos da Apae de Brusque participam de encontro de Capoeira

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque foi palco de um grande encontro na tarde deste sábado, 20 de junho. Com o ritmo de berimbaus e ao som do “Paranauê, paranauê-paraná” e outros cânticos, alunos da entidade que fazem parte do projeto de Capoeira participaram de uma grande roda, que contou também com a graduação e troca de cordas de alguns alunos. O evento reuniu alunos, professores, familiares, e praticantes do esporte, que fizeram da roda um momento de grande confraternização. 

Projeto em parceria

A Apae de Brusque desde 1999 tem parceria com o Grupo Camará, que conta com o trabalho voluntário do professor Sidnei Belz (Magal). Desde então, o projeto interrupto oportuna aos alunos da entidade a praticarem essa expressão cultural brasileira, que mistura esporte, dança, ginga e luta. “Aqui são feitas as melhores rodas. Não tem atrito, e o ambiente é sempre muito divertido. Além disso, quando estamos aqui na Apae, enquanto capoeiristas, todos têm o tratamento igual. Não tratamos ninguém de forma diferente, já que essa é uma roda como qualquer outra”, comenta o professor. 

Líder do grupo, Marcelo Backes Navarro Stotz, o “Mestre K.B.Lera”, explica que o projeto auxilia no desenvolvimento dos alunos, entretanto os benefícios também são para aqueles que participam do trabalho.“É uma terapia para nós estarmos aqui. Quando fazemos um encontro como esse, a lição maior é sempre para quem está de fora, já que o que esses alunos  trazem para gente é muito maior do que aquilo que nós podemos proporcionar a eles”, comenta.  Para o mestre, a atividade que historicamente uniu os africanos que vieram para o Brasil, na luta contra a escravidão, hoje une as pessoas de modo geral. “É com essa mesma intenção trabalhamos com grupos como o da Apae: para diminuirmos as diferenças e unirmos as pessoas, já que todos nós somos diferentes”, complementa. 

Alegria em praticar

Entre os alunos, a ansiedade era grande. Sentados um ao lado do outro, em forma de círculo, eles aguardavam a vez de entrar na roda e mostrar o que sabem fazer de melhor: com muita ginga, fizerem movimentos como armada, meia-lua, martelo, macaco, queixada, entre outros.

O aluno Jean Carlos Barni, um dos três que participa a mais tempo das aulas de capoeira, não deixava de lado a alegria de poder colocar os ensinamentos em prática. “É muito legal. Eu adoro participar e jogar com meus amigos”, declarou. O pai de Jean, Elídio Barni, foi um dos vários familiares que esteve no evento para prestigiar o filho. Segundo ele, muitas vezes outras atividades são deixadas de lado pela família, para que Jean possa participar dos encontros de Capoeira. “Tínhamos uma festa para ir agora à tarde, mas não fomos porque ele fez questão de vir aqui. Ele nunca falta nas aulas de Capoeira e sempre priorizamos essa atividade para ele, pois sabemos o quão importante isso se tornou”, revela.

Para a diretora Executiva da entidade, Sandra Helena de Almeida, o projeto ao longo dos anos feito em parceria com a Apae trouxe resultados muito melhores do que apenas a evolução física dos alunos. “Essa prática desenvolve uma série de habilidades, mas principalmente a interação e a relação uns com os outros. Ela só vem a acrescentar, pois e se estabeleceu uma amizade muito forte entre eles, e que faz muito bem”, completa. 

 Assessoria de Comunicação – APAE

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