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Portugal: Psicólogo cabo-verdiano usa capoeira para recuperar ex-toxicodependentes

Emerson Rocha é um jovem cabo-verdiano, formado em psicologia, que tem usado a capoeira como como instrumento alternativo às técnicas de terapia convencional para a recuperação de toxicodependentes e pessoas vulneráveis no Centro de Dia de Aldoar, na cidade do Porto, em Portugal.

O projecto resulta de um estágio ligado a sua dissertação de mestrado ligado a área da psicologia. Emerson Rocha adianta que, futuramente, a ideia é trazer o projecto para Cabo Verde, através da associação Alma Mater Artis.

Trabalhar a reactivação da imagem corporal e a reinserção social foi um dos grandes objectivos deste projecto, cuja finalidade é preparar o regresso destas pessoas a sociedade. Segundo o jovem psicólogo, a ideia de usar a capoeira como um técnica alternativa as sessões de terapia deveu-se ao facto da baixa concentração desses utentes nas sessões de psicoterapia, musico-terapia e filmo-terapia, onde passavam a maior parte do tempo sentados em cadeiras e sem prestarem atenção ao que era dito. Estas aulas de capoeira surgiram para estimular o espírito de grupo ao mesmo tempo recuperar a mobilidade física perdida devido ao uso das drogas.

Na primeira aula participaram cerca de 20 utentes e os primeiros resultados foram positivos e indicaram para a continuidade desta iniciativa. Durante as sessões os utentes dançam, cantam e tocam ao mesmo tempo que exercitam fisicamente o corpo e trabalham a recuperação da mente.

A particularidade destas aulas reside no facto das músicas serem da autoria dos participantes, em que as letras procura retratar as suas histórias de vida. “A ideia era fazer essas pessoas falar dos seus problemas”, adianta Emerson Rocha, para quem o grande desafio deste projecto passa por comprovar os resultados positivos e as vantagens do uso da capoeira na recuperação das pessoas toxicodependentes. Após um ano de actividades, o projecto de Emerson Rocha está suspenso à espera que ele defende a dissertação de mestrado para poder retornar ao Centro para dar continuidade ao trabalho com a comunidade.

O Centro de Dia de Aldoar trata utentes das mais diversas faixas etárias, que vão desde a adolescência até aos 70 anos. Em comum tem um historial de consumo de drogas, álcool e prostituição. Há pessoas de todas as classes sociais, que vão desde ex-jogadores de futebol e reclusos a pessoas que tinha uma vida social estável, destaca Emerson Rocha.

 

Fonte: http://www.asemana.publ.cv/

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