Menina quem foi sua mestra
Menina quem foi sua mestra: O evento tem como finalidade reunir mulheres (e homens!) capoeiristas e mulheres não capoeiristas para debater não apenas as questões relacionadas as violências contras as mulheres (física, moral, psicológica, patrimonial, etc) mas também colaborar na defes e divulgação da Lei Maria da Penha. buscamos atuar na construção de redes de prevenção e enfrentamento a este fenômeno inaceitável, inserindo aqui também a luta contra a exploração sexual de meninas e mulheres e contra o turismo sexual que alimenta o tráfico de mulheres. Neste caso, especialmente, a capoeira pode dar uma importante colaboração, e em nível mundial, não apenas problematizando a apreensão, as percepções sobre o corpo em diferentes contextos culturais e políticos, mas também cumprindo importantes papeis sociais na promoção de sociedades mais justas, com liberdade e eqüidade.
Também é um evento que busca chamar a atenção para a necessidade das mulheres, capoeiristas e não capoeiristas, atuarem politicamente, pensando inclusive os espaços de poder e decisões.
Estas ações estão presentes no Plano Nacional de Política para as Mulheres e, juntas, podem promover a formação de novas gerações de capoieiristas em condições de repudiarem o racismo, o sexismo e a homofobia/lesbofobia.
Plano Nacional de Políticas para as Mulheres/PNPM, focando:
1. formação para o enfrentamento à todas as formas de violência contra as mulheres, incluindo àquelas que dificultam seu aprendizado e promoção nos espaços da capoeiragem (eixo 4 do PNPL);
2. formação para a participação das mulheres nos epaços de poder e decisão (eixo 5 do PNPM)
3. formação para o enfrentamento ao racismo, sexismo e lesbofobia (eixo 9 do PNPM))
Assim, é preciso entender a capoeira como um espaço politico com potencial de transformações muito grande. E é por isto mesmo que também torna-se necessário, como capoeiristas, sabermos decodificar na propria capoiragem a reprodução destas práticas de subordinação, para desmascará-las, e enfrentá-las, e seguirmos contruindo uma capoeira mais plural e em condições de valorizar as diferenças como entendimento necessário à promoção dos Direitos Humanos e da justiça social.
Do ponto de vista da capoeira é necessário também debater as importantes construções que as mulheres trazem, pensando que este novo cenário, plural, implica também em mudanças significativas para eliminar – simbolica e concretamente – valores e práticas de violência, percebendo que estes é que não são socialmente aceitas.
Queremos ver a capoeira dentro de um contexto social mais amplo como também entender como este contexto social mais amplo atua na reprodução das suas forças ideológicas também dentro da capoeira. Aqui, a Pequena Roda e a Grande Roda se fundem permanentemente, impondo a permanência numa cadeia de transmissão de conhecimento que se fez sobrevivente exatente por estar atrelada à defesa da vida e da liberdade humana.
Ninguém se faz capoeirista por contemplação. Nossas práticas são traduzidas pelas falas com as quais nos posicionamos no mundo.
A mulher na capoeira será sempre uma mulher! Dentro da capoeira ela vivencia esta experiência histórica de ser mulher, aprendendo inclusive que ali existem dispositivos que atuam contra ela, e de diversas formas.
Menina quem foi sua mestra se propõe a debater esta “sujeita” coletiva chamada mulher capoeirista, aponatando aqui a necessidade de reconhecermos os lugares ocupados por outras mulheres em nossa formação, sendo estas também as nossas mestras do cotidiano.
Para tal, alem das mestras Janja e Paulinha ( e do mestre Poloca!), do Grupo Nzinga de Capoeira Angola, e das prestimosas parcerias com o Mandinga de Mulher – Coletivo de Capoeiristas e da Fundação Pierre Verger (Ponto de Cultural/Minc), contaremos com algumas importantes convidadas, realizando oficinas de movimentos, cantos e toques, palestras, rodas de conversa e de capoeira:
- Mestra Cristina (Rio de Janeiro)
- Mestra Elma (Santa Catarina)
- Mestra Brisa (Salvador)
- Treinel Manô (São Paulo)
- Sonia Santos (Rio de Janeiro)
- Nane Pequeno (Salvador).
- Cristine Zonzom (Salvador)
- Francineide Marques (Salvador)
- Ligia Vilas Boas (Salvador)
As inscrições são limitadas e as pessoas interessadas podem entrar em contato através dos seguintes contatos:
(71) 9999-9230 | E-mail: [email protected]