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Mestre Moa do Katendê: O triste e covarde fim de um capoeira.

Mestre Moa do Katendê: O triste e covarde fim de um capoeira.

Mestre Moa do Katendê, um dos maiores mestres da nossa cultura popular, foi covardemente assassinado por sua postura antifascista.

Esfaqueado pelas costas, numa discussão política, Romualdo Rosário da Costa, 63 anos, mais conhecido como Mestre Moa, que sempre esteve a frente do seu tempo, nos deixa em um momento social e político extremamente delicado. O crime ocorreu por volta da meia-noite, na comunidade do Dique Pequeno, no Engenho Velho de Brotas.

Um pouco de cada capoeirista morre esfaqueado hoje! Mas não morrem as ideias de Mestre Moa, representante da cultura negra e da postura política necessária.

História

Mestre Moa do Katendê nasceu em Salvador, em 29 de outubro de 1954, no Bairro Dick do Tororó, Vasco da Gama, próximo ao Estádio Fonte Nova. Teve o privilégio de vir ao mundo, justamente, na terra que também é berço de grandes mestres da capoeira, tais como; Mestre Pastinha, Mestre Bimba, Mestre Gato, Mestre Canjiquinha, Mestre Valdemar e tantos outros. Mestre Moa foi aluno diplomado pelo mestre Bobó. Iniciou-se na arte da capoeira aos 8 oito anos de idade na Academia Capoeira Angola 5 estrelas.

Entretanto, às vezes, é necessário a um mestre, sair de sua terra, deixar as sementes de suas origens, para plantá-las em outras terras. Misteriosos: assim são os caminhos da vida. No momento não compreendemos porque uma coisa tem que ser de um jeito e não de outro, mas depois, com o decorrer do tempo, tudo se torna claro como as cristalinas águas que se abrem em véus ao cair das cachoeiras, no meio das matas.

Isso também aconteceu com o capoeirista baiano, como conta o site Angola Angoleiro Sim Sinhô:

“Aos 16 anos Môa do Katendê se afastou da capoeira angola e desenvolveu diversos trabalhos em grupos folclóricos, como o “Viva Bahia” e o “Katendê”. O desejo de disseminar seu trabalho com a cultura afro brasileira o levou a viajar para o Sul do país. Em 1984 foi para o Rio de Janeiro onde começou a ensinar a capoeira angola para não parar de treinar. De lá viajou para Porto Alegre e ajudou a implantar a dança afro no Rio Grande do Sul, até então desconhecida”.

Cumprida essa missão, Moa retornou à Bahia para dar continuidade aos trabalhos em sua terra natal.

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Desde que foi chamado pelas forças astrais superiores para defender para defender os valores e a cultura de seu povo, Mestre Moa tem se esforçado por ser um facho que brilha sobre o mundo das culturas, cujo berço tem origem na Mãe África. Imbuído dessa missão, Mestre Moa seguia pelo Brasil e pelo mundo desenvolvendo palestras, workshops e cursos no Brasil e no exterior, nos quais mostrava as riquezas da cultura afro-brasileira.

Mestre Moa do Katendê: “A capoeira me ensinou tudo isso e um pouco mais”

Capoeira é tudo que move para mim. É uma cultura rica, uma cultura dos ancestrais que eu procuro, sempre que posso, cultuar, zelar, transmitir conhecimentos. Na verdade, o conhecimento foi dado pelo meu mestre, daí eu sigo pelo mundo, sempre que posso, divulgando.

 

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