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Expoente da Capoeira Paulista, Mestre Caranguejo, lança segundo Disco

EXPOENTE DA CAPOEIRA PAULISTA, MESTRE CARANGUEJO LANÇA SEU SEGUNDO DISCO

 

Com o título “MESTRE CARANGUEJO E A POÉTICA DO BERIMBAU”, álbum contém 16 faixas autorais e terá show de lançamento em 26/4 no teatro do CEU Caminho do Mar

Para ser um bom capoeira é preciso ter um gingado que vai além dos golpes do jogo de origem afro-brasileira. A música é parte essencial desta tradição e por isso a composição é natural a muitos de seus praticantes, como Alberto Alves Barbosa, o mestre Caranguejo – um dos mais importantes capoeiristas vivos no Brasil. Lançado neste mês, com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, o álbum Mestre Caranguejo e a Poética do Berimbau contém 16 faixas autorais que resgatam as antigas cantigas, rimas e marcações do samba de roda, berimbau de barriga, entre outras tradições musicais afro-brasileiras.

Entre as músicas de destaque do disco estão “Ojá, Ojá, Obá, Capoeira”, cuja melodia e letra se assemelham a um cântico de romaria, “Homenagem à mestre Cigana”, sobre uma das primeiras mulheres a serem reconhecidas no meio capoeirista, “Homenagem ao Saudoso Mestre Silvestre”, que conta como se deu o encontro entre Caranguejo e Silvestre, herdeiro de uma das mais importantes linhagens da capoeira, e “Talandê”, música composta para o CD que acompanha o livro “Num tronco de Iroko Vi a Aiúna Cantar”, editado pela Peiropólis, no qual interpreta Vovô Joaquim.

Sem formação musical acadêmica, Caranguejo canta à maneira dos antigos mestres, onde a letra parece descompassada em relação aos instrumentos que acompanham a canção, a voz e o berimbau, instrumento do qual o mestre é exímio tocador e construtor, são ouvidos ao longo de todo o álbum que revela a musicalidade da tradicional capoeira regional, onde o samba se faz muito presente.

Caranguejo é herdeiro de uma das mais nobres linhagens capoeiristas do Brasil. Aluno de mestre Silvestre, respeitado nome da capoeira Vera Cruz, uma das mais antigas da capital paulista, que descente dos mestres baianos Caiçara e Waldemar Paixão. Em 2010, recebeu o Prêmio Viva Meu Mestre, do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura.

Mestre Caranguejo e a Poética do Berimbau foi contemplado pelo Programa de Ação Cultura (ProAC) da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo. As canções são repletas de metáforas e fábulas que resgatam a trajetória do mestre entre a terra natal Bahia e São Paulo, Estado em que vive, passando pelo Rio de Janeiro, onde também morou.

Esse é o segundo trabalho do mestre, que lançou primeiro CD, Karimbé, há 10 anos, o instrumentista e compositor reuniu músicas de capoeira de sua autoria e de domínio público. Para o segundo álbum, tem como objetivo preservar uma tradição desconhecida por muitos jovens. “É uma maneira de trazer a História da cultura africana para o público, de honrar as tradições antigas”, afirma mestre Caranguejo.       

O CD Mestre Caranguejo e a Poética do Berimbau custa R$ 20 e terá show de lançamento, gratuito, no dia 26 de abril (domingo), às 15h, no teatro do CEU Caminho do Mar, em São Paulo.       

Faixas:

1. Caiapó (Na Casa da Coló)

2. Lapa do Bom Jesus

3. Óia Eu, Mano

4. Batuque Cabulado

5. Ojá, Ojá, Obá, Capoeira

6. Homenagem À Mestre Gigana

7. Dom da Sabedoria

8. É na Ladeira

9. Maculelê

10. Aruandê, Aruanda

11. Panela de Barro

12. A Poética do Berimbau

13. Boneca de Louça

14. Força da Natureza

15. Talandê

16. Homenagem ao Saudoso Mestre Silvestre

 

SOBRE MESTRE CARANGUEJO

Reconhecido com o Prêmio Viva Meu Mestre, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura, Alberto Aves Barbosa, o mestre Caranguejo é herdeiro de uma das mais nobres linhagens capoeiristas do Brasil. Nascido na Bahia em 1950 mudou-se aos 16 anos para São Paulo, onde foi aluno do mestre Silvestre, expoente da capoeira Vera Cruz, uma das mais antigas da capital paulista, que descente dos mestres Caiçara e Waldemar Paixão, ambos baianos. É o único graduado por Contra-Mestre por ele. Silvestre o deu-lhe o nome Caranguejo porque seu jogo de capoeira é para frente e para trás, da esquerda para a direita, parecido com um caranguejo. Foi educador na Fundação Casa de 1988 até 2014. Já ministrou oficinas de Capoeira e construção de berimbau em instituições municipais e estaduais por meio de ONGs e órgãos como Ballet Stagium, Rebelart, Instituto Mensageiro, Mamolengo, Cempec e Acervo Municipal da Memória e do Viver Afro-Brasileiro.

SERVIÇO

Show de lançamento Mestre Caranguejo e a Poética do Berimbau

Data: 26 de abril de 2015 (domingo), às 15 horas
Entrada: Gratuita
Local: Teatro do CEU Caminho do Mar (Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 5241 – Jd. Lourdes / São Paulo-SP)
Capacidade: 184
Censura: Livre

 

Letícia Liñeira           
Baobá Comunicação, Cultura e Conteúdo

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