Capoeira joga longe preconceito
Antes, é preciso dizer que 111 crianças e adolescentes receberam certificados.
A oficina faz parte do Projeto Interação, realizado em parceria com a Secretaria Estadual de Esportes.
Segundo a diretora do lar, Silvia Almeida, no semestre passado as aulas foram de dança de rua.
Os alunos são integrantes de projetos desenvolvidos pelo lar escola em parceria com a Sebes (Secretaria Municipal do Bem-Estar Social).
Um deles, o projeto Atitude, atende crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, que freqüentam escolas regulares e fazem as atividades no lar em horário oposto.
Outro, o Alegria, atende crianças e adolescentes com deficiências leves e com dificuldades de aprendizagem. Os 40 abrigados da instituição também participaram da oficina.
Para o professor e mestre em capoeira, Paulo Cesar Ferreira, conhecido como mestre Amaral, trabalhar com pessoas especiais foi uma experiência incrível. “Eles têm potencial, é visível o quanto gostam da capoeira”, comenta. Desde 1984 ele trabalha nessa área.
Para fazer a entrega dos certificados atletas que irão concorrer nos jogos regionais estiveram presentes ontem.
O professor de educação física e treinador da equipe, Alberto Sobrinho, acredita que a capoeira proporciona momentos em que todos se tornam igual. “Não há preconceito entre os parceiros e isso transmite segurança”, diz.
Integrantes da oficina, José Roberto Liberte e Everson Aparecido Lopes, ambos de 24 anos e com síndrome de Down, destacaram-se nas aulas e já conquistaram etapas. “José passou do primeiro cordão (verde) para o segundo (amarelo) e Everson foi do segundo para o terceiro (azul)”, diz mestre Amaral. Ele lamenta não continuar as aulas com essa turma. “O projeto não permite que seja a mesma oficina na seqüência.” E afirma que, se pudesse, daria aulas gratuitas.
“O ideal é conseguir uma boa parceria. Eles são apaixonados pela capoeira.”
Fonte: Bom Dia Bauru – Brasil – http://www.bomdiabauru.com.br/index.asp?jbd=3&id=81&mat=79298