Mestre Boca Rica no Forte da Capoeira
Nascido em Maragogipe, no lendário recôncavo baiano, Manoel Silva veio pra Salvador aos 15 anos e se filiou na Academia de Mestre Pastinha, acompanhando-o até seus últimos dias. Com vários CDs gravados, depois de percorrer diversos países, ele questiona: “Os grandes mestres, como Bimba, Pastinha, Valdemar, se acabaram na maior lástima. O que se vende da Bahia é a capoeira e o candomblé, mas cadê os poderes públicos que não apóiam, não ajudam? É um descaso com os mestres antigos”.
Para as novas gerações, Mestre Boca Rica relembra: “Mestre Pastinha falava: Eu sei que vou morrer, mas quero ver a capoeira no lugar dela, no teatro, na televisão, no cinema, na escola, na universidade… Aí eu falava comigo: será que esse velho tá ficando maluco? E não deu outra, a capoeira veio crescendo, hoje tá em mais de 200 países pelo mundo afora. Nós já estamos descendo a ladeira e são vocês que têm que levar essa capoeira de angola pra frente, não a deixar morrer, se acabar”.
Mestre Boca Rica, que recentemente se afastou da presidência da ABCA, mantém sua academia em Salvador, Bahia no Forte da Capoeira.
Utilidade Pública:
Segunda à sexta: Aula de Toque/Ritmo e Movimento
Quarta: Roda aberta ás 19:00 hrs
Local: Forte de Santo Antônio além do Carmo (Forte da Capoeira) Salvador – BA
Contato: [email protected]