Nzinga: Chamada de Mulher
Pois é, neste dia 08 de março de 2010 o Instituto Nzinga de Capoeira Angola completa 15 anos!
A nossa alegria só não é irrestrita porque a nossa data também nos lembra o difícil e gigantesco caminho a ser percorrido para garantirmos a liberdade das mulhers, dentro e fora da capoeira. E liberdade aqui, amigo Luciano, significa a salvaguarda da sua dignidade, dos seus direitos e pelo fim das muitas formas de violencia que ainda se naturalizam sobre estas.
Mais do que uma “roda para as mulheres”, apresentamos mais um dos temas do próprio nzinga na sua trajetória de formação de capoeiristas.
Este, como muitos outros eventos que já realizamos com a mesma finalidade, não é um evento excuisivo para mulheres, até porque sabemos que a capoeira se faz em comunidades em que vivem homens e mulheres. Ao contrário, este é também um momento em que podemos revelar já um número siginificativos de parceiros que compartilham conosco destas lutas, sendo eles mestres ou capoeistas em diversas fases de formação. Alias, cada vez mais eventos desta natureza tem acontecido aqui no Nordeste, fazendo uma importante ponte entre as mulhers da capoeira angola e capoeira regional, discutindo e imprimindo mais uma vez a valorosa contribuiçãodas mulheres para a capoeira na atualidade: o respeito às diferenças e os desafios de uma vida sem violência e sem preconceitos.
Desta forma, além de ser uma data com um sentido próprio de luta, é também a data em que receberemos amigas e amigos, “para brincar e vadiar”.
Daqui de Salvador, eu e o mestre Poloca estaremos seguindo com mais outras pessoas do Nzinga, e esperamos encontá-lo em algum momento.
Mais uma vez reitero estima e admiração.
Receba meu abraço,
Janja