Besouro Cordão de Ouro

Teatro: Paulo César Pinheiro cria musical para capoeira

RIO – Depois de ler ‘Mar Morto’, livro de Jorge Amado, Paulo César Pinheiro se apaixonou pela história de Besouro, um dos maiores capoeiristas de todos os tempos.
 
O músico, que já compôs várias canções sobre o mito, como ‘Lapinha’, eternizada na voz de Elis Regina, estréia como autor teatral no dia 15, no Centro Cultural Banco do Brasil, com o musical ‘Besouro Cordão-de-Ouro’. “É um personagem riquíssimo, e acho interessante recuperar a história de um ícone tão brasileiro”, conta Paulo César.
 
Dirigido por João das Neves, o espetáculo conta histórias de Besouro através de nove músicas, de autoria de Paulo César. “Minha idéia inicial era fazer um CD, mas quando surgiu a oportunidade de realizar um musical, adaptei as composições para o teatro”, explica o autor, garantindo que o projeto inicial do álbum não foi abandonado. “Ainda não sei quando o disco vai ser gravado, mas deve ser no início de 2007”, afirma.
Para auxiliá-lo na produção e ensinar a arte da capoeira aos atores, todos negros e escolhidos depois de workshops realizados no próprio CCBB, Paulo César pediu a ajuda de dois mestres da arte, Casquinha e Camisa. “Conheço o Camisa há muito tempo, e Casquinha foi indicado por ele. Apenas dois atores sabiam capoeira, e a ajuda deles foi fundamental para que o espetáculo ficasse bonito”, acredita.
Besouro Cordão de Ouro
 
CCBB Rio de Janeiro
Teatro III
De 15 de dezembro a 28 de janeiro às 19h – De quarta a domingo
O palco vai se transformar numa roda de atabaques, berimbaus, pandeiros e caxixis, para ilustrar a vida de Waldemar de tal, Besouro Cordão-de-Ouro, o maior capoeirista de todos os tempos da Bahia. O espetáculo musical em sua homenagem conta histórias através de mestres capoeiristas transformados em personagens como Canjiquinha, Bimba, Caiçara, Rosa Palmeirão, Pastinha, entre outros. Texto, músicas e letras inéditos de Paulo César Pinheiro – que escreve pela primeira vez para teatro. Direção de João das Neves. Direção musical de Luciana Rabello. Iluminação: Paulo César Medeiros. Cenografia: Ney Madeira. Figurino: Rodrigo Cohen. Elenco: Capoeiristas e atores selecionados das Cias. Nós do Morro e Companhia dos Comuns.
 
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