Mestre Waldemar e sua turma através das lentes de Marcel Gautherot
Mestre Waldemar e sua turma através das lentes de Marcel Gautherot
Nos últimos dias, postei diversas fotos em preto e branco do Mestre Waldemar e sua turma. Todas e esta foto foram feitas pelo Francês Marcel Gautherot que leu o livro Jubiabá de Jorge Amado e ficou fascinado pelo povo Brasileiro e viajou pro Brasil aonde trabalhou muito tempo até que veio a falecer no Rio de Janeiro em 1996.
Ele e Pierre Verger tiraram muitas fotos, nas decadas 40, 50, 60… não apenas de arquitectura e panoramas mais do povo e seus costumes no Brasil. Foi este interesse próprio no povo junto com o talento que os destacaram. De Marcel Gautherot existem alguns livros porém estas fotos aqui postadas não foram publicadas em nenhum deles.
Seria muito interessante utilizar as fotos para perguntar a velha guarda de capoeiristas que viveram esta época se reconhecem as pessoas, os locais e os hábitos do tempo para dar mais conteúdo a estas imagens.
Jeroen Verheul Rouxinol Capoeira
O camarada Rouxinou, capoeirista e pesquisador, nos brindou com esta excelente e inédita compilação de imagens históricas feitas pelo fotografo Francês Marcel Gautherot que após ler Jorge Amado ficou fascinado pela cultura e pelo povo Brasileiro. Marcel viajou para o Brasil aonde trabalhou muito tempo seu carinho e amor pelo nosso país era tanto que Marcel “escolheu como seu porto de repouso” o Rio de Janeiro, onde faleceu em 1996 com oitenta e seis anos de idade.
Galeria: Mestre Waldemar e sua turma através das lentes de Marcel Gautherot
Sobre Marcel Gautherot:
Filho de pais pobres – a mãe operária e o pai pedreiro – viveu a Paris dos anos 20 e foi muito cedo aprendiz numa escola de arquitetura. Nesses anos flerta com o movimento Bauhaus e com as obras de Le Corbusier, deixando incompleto um curso de arquitetura.
Em 1936 participa do grupo que seria responsável pela instalação do Musée de l”Homme e é encarregado de catalogar as peças do museu, começando aí a se dedicar à fotografia. Influenciado pela leitura do romance moderno de Jorge Amado – Jubiabá – decide conhecer o Brasil. Chega ao Brasil em 1939 onde viveu e trabalhou por 57 anos.
Fixa residência no Rio de Janeiro e passa a freqüentar o círculo de intelectuais ligados ao modernismo, conhece Rodrigo Melo Franco de Andrade, Carlos Drummond, Mário de Andrade, Lúcio Costa, Burle Marx, entre outros. Começa a fazer trabalhos de fotografia para o SPHAN, o Museu do Folclore e trabalha para a revista O Cruzeiro.
Em 1986, juntamente com Pierre Verger, recebe, do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o Prêmio Golfinho de Ouro na categoria Fotografia.
Ilustrou inúmeras revistas de arquitetura e quase todos os textos sobre Burle Marx. Sua coleção é composta de mais de 25 mil negativos e atualmente pertence ao Instituto Moreira Sales no Rio de Janeiro. Percorreu 18 estados brasileiros fotografando, registrando o povo brasileiro, sua arquitetura, suas festas. Sua coleção é um vasto retrato da diversidade cultural do país. Morreu no Rio de Janeiro em 1996 com oitenta e seis anos de idade.
Sobre Rouxinol:
http://www.capoeirarotterdam.com
http://www.capoeirabarendrecht.com/