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Mestre João Pequeno comemora 87 anos

João Pequeno: "Vou passar à vida eterna jogando capoeira"

"Ainda faço uma demonstração se precisar", desafia um dos mais importantes discípulos de mestre Pastinha e ícone da capoeira angola em Salvador. Aos 87 anos, João Pereira dos Santos, o João Pequeno de Pastinha, foi alvo de uma homenagem prestada ontem no Forte de Santo Antônio (onde tem sua academia), pela passagem de seu aniversário. Organizada por seus alunos e amigos, a homenagem contou com uma roda de mestres e um banquete de frutas e bolos.
Nascido em 1917, João Pequeno conheceu desde cedo a arte que o transformaria em lenda viva. "Sou de uma família de valentões, sempre quis ser um valentão", diverte-se. "Ainda menino, ouvi falar de uma luta que derrubava o adversário sem precisar pegar nele. Foi assim que me aproximei da capoeira". Nem as orações da mãe o afastaram da paixão. Quando ela morreu, o valentão virou um "sentimental". "Passei a chorar por tudo e por nada", lembra.
Foi aos 13 anos que João Pequeno teve o primeiro contato com uma roda de capoeira em Mata de São João, município próximo à sua terra natal, Araci. Morou em várias cidades do interior até vir parar em Salvador. Na década de 30, participava da roda de capoeira do famoso Cobrinha Verde, no Chame-Chame. A essa altura conheceu Pastinha, na Praça da Sé, e passou a freqüentar a roda do grande mestre no Bigode, em Brotas. "Ele morreu somente no corpo. Enquanto houver capoeira, ele vive, e o nome dele não desaparece", profetiza.

Correio da Bahia 28/12/2004
Agradecimento ao Daniel da Comunidade Capoeira Angola – Orkut

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