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Porto Alegre: Professor de Capoeira vítima de racismo e agressão

Após suposta aposta entre amigos, homem é agredido no banheiro da estação do trensurb na Capital.
Antes da violência, agressor de 21 anos teria dito a amigo que atingiria um negro ou mendigo.

Antes de embarcar para o trabalho, o professor de capoeira Cleber Figueira Machado Pedroso, 24 anos, foi agredido com uma garrafa de vidro na cabeça no banheiro da Estação Mercado do Trensurb, na Capital. O caso aconteceu por volta das 19h desta sexta-feira, e o agressor, Daniel Faleiro La Roque, 21 anos, não conhecia a vítima. Conforme versão dada por ele à Brigada Militar e a um segurança, teria apostado com um amigo que acertaria uma garrafa no primeiro negro ou mendigo que visse.

Após cometer a agressão, Roque tentou embarcar no trem, mas foi detido por seguranças da Trensurb. Acudido por outros usuários do local, Pedroso recebeu os primeiros socorros na estação e foi levada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) Porto Alegre. Cerca de uma hora depois, ele foi liberado com pontos na cabeça e medicação.

— Acredito que foi racismo, porque tinha um monte de gente no banheiro e foi justamente em mim. Quando vi, tomei uma garrafada. Na hora já começou a sangrar e fiquei tonto.

Segundo um funcionário da Trensurb, que pediu para não ser identificado, foi usada uma garrafa de uísque que estava guardada em uma mochila. O professor foi atingido pelas costas, sem chance de defesa. Policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que fica a poucos metros da estação, algemaram Roque e o levaram até a 2ª Delegacia da Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). O sargento Silvio Luis Ferreira Gomes disse que, quando indagado sobre o motivo do crime, o agressor teria confirmado a versão dita anteriormente aos seguranças da Trensurb:

— Ele disse que fez uma aposta com um amigo de que acertaria o primeiro negro ou mendigo que aparecesse pela frente.

A delegada Liege Machado Pereira autuou Roque em flagrante por injúria qualificada (ofensa, com elemento de raça e lesão). Ela estipulou a fiança de R$ 2 mil, que não foi paga e, por isso, o agressor será levado ao Presídio Central de Porto Alegre. Em depoimento à delegada, Roque permaneceu em silêncio.

 

Fonte: www.zerohora.com.br – [email protected]

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