Jesus, Vigotisky, Capoeira e Cidadania
A Capoeira é uma escola de Cidadania
Mais do que uma luta, a capoeira é hoje também dança, música, história e cidadania. É uma arte desportiva genuinamente brasileira que, de dia para dia, cativa cada vez mais jovens por todo o mundo, passando uma mensagem de vida, parceria e integração, na luta do dia-a-dia.
O Ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, em seu discurso de agosto de 2004 na ONU, em Genebra afirmou:
” … Atualmente, a capoeira já é praticada em mais de 150 países. Nas Américas, no Japão, na China, em Israel, na Coréia, na Austrália, na África e em praticamente toda a Europa. A capoeira disseminou-se pelo mundo com entusiasmo. Mesmo sem falar português, um chinês, um árabe, um judeu ou um americano podem repetir o compasso da mesma música, a arte do mesmo passo e a ginga do mesmo toque.”
A luta está sempre presente, até pelas suas origens – desenvolvida pelos escravos do Brasil como forma de resistir aos opressores, praticada em segredo e recorrendo à “ginga”, movimento que lembra a dança e à música, para assim “enganar” os patrões (Escravistas / Senhores de Engenho / Grandes Fazendeiros, etc…).
“Respeito, malícia, disputa, brincadeira” são elementos presentes durante o jogo onde as canções são marcadas ao ritmo do berimbau, instrumento “rei” da capoeira, sob um ritmo contagiante e profundo.
Quem entra na roda para jogar, entende que o respeito e a cidadania, inerentes do “JOGO”, são fundamentais dentro do universo da capoeiragem, pois a capoeira deve ser praticada dentro de um preceito básico, determinado por 3 PILARES FUNDAMENTAIS:
RITMO, RITUAL e RESPEITO
TRÊS “ERRES” FUNDAMENTAIS
“Capoeira é uma palavra estranha…
que se escreve com um “rê” suave…
e se pratica com três “erres”…
o primeiro é o RITMO… o segundo o RITUAL..
o terceiro é o RESPEITO…
sem os quais não se joga capoeira!”