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Aconteceu: 8º Encontro de Cultura de Raiz de Teresópolis

De violão ao berimbau, da poesia à música, de contos folclóricos à roda de capoeira… Platéia lotada do início ao fim, animação total, muitos aplausos, pedidos de bis e um encerramento que deixou gostinho de quero mais. Este foi o resumo do 8º Encontro de Cultura de Raiz de Teresópolis, realizado na manhã do último domingo, 1º de novembro, na Casa de Cultura Adolpho Bloch. O evento teve edição especial, em homenagem às tradições afro-brasileiras, lembrando o Dia da Consciência Negra, a ser comemorado em 20 de novembro.

Em sua oitava edição, o Encontro de Cultura de Raiz foi apresentado pelo engenheiro agrônomo Beto Selig, comandando com simplicidade e simpatia o programa de auditório, que tem como cenário uma cozinha de roça. A manhã de festa já começou de forma diferente, com um café da manhã, servido a artistas e convidados e partir das 9h.

A cantora e repentista Wanda Pinheiro abriu o evento agitando o público com a música ‘Fuscão Preto’. Mas este foi só o começo. Dudu Black e Amado Rodrigues também se apresentaram e, em seguida, foi a vez de Moacir Rosa, que contou causos, recitou poesias e ainda fez sucesso com a música ‘Prato do dia’. “É um prazer estar participando mais uma vez do Cultura de Raiz. O evento está cada vez melhor”, salientou Moacir.

Um dos destaques desta edição foi a apresentação do coral da Escola Municipal Governador Portella, cantando ‘Semente do Amanhã’, de Gonzaguinha, e ‘Ciranda do Recife’. Composto por cerca de 30 integrantes, alunos do 2º ao 5º ano, sob a regência da professora Priscila Torres, o coral fez enorme sucesso. “Viemos a convite da Secretaria de Cultura e só temos a agradecer. Foi uma delícia participar. Nunca tinha vindo ao Cultura de Raiz e fiquei encantada. O cenário parece real, é maravilhoso. Sempre que for possível, voltaremos”, comentou .

Dentro da programação alusiva à cultura afro-brasileira, Raquel Botafogo e Wilson Martins fizeram sucesso ao contar uma história africana. Outra atração de destaque foi o coral Brasil Brincante que, sob o comando da regente Célia Seabra, encantou a todos apresentando várias peças do folclore brasileiro, sendo muito aplaudido pelo público.

Cecília Cerqueira da Silva, a Dona Menininha, cantou ao lado da orgulhosa filha Beth, acompanhada por Patrícia Araújo. Maura Ferreira contou histórias, enquanto Antônio Jorge dos Santos recitou poemas.

Os professores Marcus Wolff e Ricardo de Oliveira, este último vestindo um traje típico de Angola e comandando o Coro Municipal, fizeram enorme sucesso ao apresentar duas peças ligadas à cultura afro-brasileira: ‘Xangô’, uma invocação ao orixá Xangô, e Estrela-do-mar, uma aclamação a Iemanjá, sendo aplaudidos de pé, com pedido de bis.

Acompanhando de Gustavo Agostini e PC, Xando Pernambuco fez uma homenagem a Zumbi. Outro momento de êxtase foi a apresentação do grupo formado por Beto Selig, Gustavo Agostini, Xando Pernambuco, Andrea Sant´Anna, Paulinha Fialho, Ivan Pedro Fialho, Alice Botafogo, Raquel Botafogo, Wilson Martins, Maria Eduarda e Débora, com a participação especial do subsecretário de Cultura, Ronaldo Fialho. Juntos, utilizando os mais variados instrumentos, eles apresentaram músicas do ritual ‘Baião de Princesa’, que integra a cultura afro-brasileira. “Tivemos aqui uma festa maravilhosa, uma verdadeira homenagem ao Dia da Consciência Negra. E vamos prosseguir com a idéia de eventos temáticos. Estamos, inclusive, abertos a sugestões”, lembrou Ronaldo Fialho.

E quando todos na platéia já pareciam mais do que satisfeitos, veio a maior surpresa do dia, com a participação do Grupo de Capoeira Regiangola, de Mestre Sorriso, e do Grupo de Capoeira Gangazumbi, de Mestre Batata e contramestre Cidinho. Juntos, os dois grupos fizeram exibições de capoeira, maculelê e samba de roda, ainda no teatro da Casa de Cultura, utilizando instrumentos típicos da dança, como berimbaus, atabaques e facões. E, para fechar o evento em grande estilo, o público foi convidado para uma verdadeira roda de capoeira, realizada na sala de dança da Casa. “O Cultura de Raiz já é, por si só, um grande projeto. Mas, desta vez, a Secretaria de Cultura se superou. Esse encerramento com a capoeira foi maravilhoso”, comentou a dona de casa Mariana Cunha. Estreante no evento, João Pedro Santos concordou. “Foi minha primeira vez. Adorei. Sem dúvida, uma grande homenagem à cultura afro-brasileira, ou melhor, à nossa cultura”, resumiu.

Para o secretário de Cultura, Wanderley Peres, as apresentações temáticas, como a deste domingo, tem sido o grande ganho do projeto. “Quando começamos a pensar o Cultura de Raiz, nossa intenção era promover um evento que resgatasse a nossa mais genuína cultura. A cada edição, esse projeto vitorioso vem ganhando novas roupagens e as apresentações diversificadas estão se tornando um ganho extra, contemplando o público com uma atração a mais. E ver a Casa de Cultura cheia, com um público alegre e feliz, é motivo de grande satisfação para nós”, comemorou o secretário.

 

Fonte: http://odiariodeteresopolis.com.br

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