Projeto que usa capoeira como meio de inclusão social é lançado em Brasília
Aliar valores do esporte como disciplina e espírito coletivo à cidadania e ao desenvolvimento humano é a idéia do projeto Ginga Brasil, lançado hoje pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
O projeto, desenvolvido em parceria com a Confederação Brasileira de Capoeira, também tem como meta aproximar esse esporte das crianças e adolescentes que moram em comunidades quilombolas e nas periferias das cidades brasileiras.
Para o professor de capoeira Hugo Rocha, essa é uma forma de desenvolver o caráter do jovem, além de promover a cultura brasileira. “A capoeira é uma ferramenta de integração cultural das mais diversas raças do povo brasileiro”.
Além do Ginga Brasil, acordos para o lançamento de mais três projetos foram assinados em uma cerimônia que marcou os quatro anos de existência da Seppir. O objetivo é garantir recursos para o desenvolvimento sustentável e a geração de renda nas comunidades remanescentes de quilombos. Integram os projetos empresas, entidades sociais e ministérios.
O Energia Quilombola, desenvolvido em parceria com a Eletrobrás, é um deles. A ação prevê, na primeira fase, o incentivo à criação de aves na Bahia, o estímulo ao artesanato e à agricultura em Minas Gerais e a construção de usinas de beneficiamento de arroz no Maranhão.
Durante a ministra Matilde Ribeiro disse que, para os próximos anos, a Seppir pretende continuar e ampliar os programas iniciados. “Nós temos ações com quase todos os ministérios, com governos estaduais e municipais. Acho que o presidente Lula acertou em criar a secretaria em 2003, e agora ela tem que ser fortalecida”.
Ainda nesta quarta-feira, a comunidade quilombola Mel da Pedreira recebeu o título de propriedade de terra. A área fica no município de Macabá (AP).
Agência Brasil