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Bimba, de Angola a Regional

Bimba era angoleiro e seu pai era exímio praticante do Batuque, jogo-luta violento, na origem associado a folguedos nas senzalas e jogado ao som de atabaques. O batuque envolvia cabeçadas, joelhadas, e movimentos desequilibrastes violentos. Bimba achando que a capoeira angola tinha movimentos muito restritos para ser uma luta eficiente, misturou capoeira angola, batuque e mais alguns movimentos observados em outras lutas e criou a Luta Regional Baiana uma forma de luta tipicamente baiana. Além disso criou a primeira metodologia de ensino através de Seqüências de Ensino que permitia um aprendizado mais racional e num espaço de tempo menor.

Batuque – s. m. 1. Designação comum às danças negras acompanhadas por instrumentos de percussão. 2. Luta popular, de origem africana, também chamada de batuque-boi; muito praticada nos municípios de Cachoeira e de Santo Amaro, e na capital da Bahia. A tradição indica o batuque-boi como de procedência banto. Diz Édison Carneiro (Negros Bantos): "A luta mobilizava um par de jogadores, de cada vez. Estes, dado o sinal, uniam as pernas firmemente, tendo o cuidado de resguardar o membro viril e os testículos. Havia golpes interessantíssimos, como a encruzilhada, em que o lutador golpeava coxa contra coxa, seguindo o golpe com uma raspa, e ainda como o baú, quando as duas coxas do atacante davam um forte solavanco nas do adversário, bem de frente. Todo o esforço dos lutadores era concentrado em ficar em pé, sem cair. Se, perdendo o equilíbrio, o lutador tombasse, teria perdido, irremediavelmente, a luta. Por isso mesmo, era comum ficarem os batuqueiros em banda solta, isto é, equilibrados numa única perna, a outra no ar, tentando voltar à posição primitiva".

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