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Encontro da Capoeira Baiana

Encontro da Capoeira Baiana: com Valmir Assunção e Marcelino Galo

Na volta que o mundo deu, na volta que o mundo dá. Capoeira se joga na pequena roda e na grande roda da vida. Só gingando com a linguagem do sistema poderemos dar uma rasteira no opressor e fazer avançar nossa luta por melhores condições de vida e trabalho para todas e todos!

A capoeira é uma manifestação histórica de resistência do povo afro-brasileiro, e faz parte das raízes culturais da Bahia. Presente em mais de 150 países, instrumento de educação em escolas e projetos sociais, a capoeira não tem entretanto recebido o apoio que merece por parte do Estado. Muitos mestres são reverenciados mas têm sérias dificuldades de sobrevivência no dia a dia. Depois de dedicar toda sua vida à educação popular através dessa arte/luta, morrem à míngua, como os saudosos mestres Bimba e Pastinha.

Algumas iniciativas de políticas públicas para a capoeira têm surgido pelo país. Alguns estados, como Pernambuco e Alagoas, criaram pensões vitalícias para mestres da cultura popular. Aqui na Bahia, VALMIR ASSUNÇÃO encaminhou na Assembléia Legislativa o projeto de Estatuto da Igualdade Racial, que prevê a inserção da capoeira nas escolas públicas através dos mestres de capoeira, e não apenas pelos professores de educação física.

O registro da capoeira como patrimônio cultural brasileiro abre a possibilidade de avançar na construção de leis como o reconhecimento do notório saber dos antigos mestres (permitindo que dêem aulas em escolas e universidades sem ter diploma universitário), a criação de um passaporte especial para os mestres de capoeira (considerados “embaixadores culturais” de nosso país), a regulamentação da profissão de capoeirista (mestre, contramestre, treinel e professor), a aposentadoria ou pensão vitalícia, dentre outros. Para que isso aconteça, é necessário que os capoeiristas estejam mobilizados e tenham voz no Congresso Nacional.

Por isso convocamos todos os capoeiristas, independente de estilo, vertente ou linhagem, para um encontro com VALMIR ASSUNÇÃO e MARCELINO GALO. Valmir, negro, Sem Terra e comprometido com a luta do povo, será a voz dos capoeiristas no Congresso Nacional. Marcelino, militante popular, dará continuidade ao debate do Estatuto e apresentará as reivindicações da capoeira na Assembléia Legislativa.

Capoeira na escola, capoeira no estrangeiro

nossos mestres na batalha, nosso povo sem dinheiro

não queremos sua esmola, queremos nossos direitos

Exigimos o escrito lá na Constituição

se preciso mudaremos toda a legislação

com seu Marcelino Galo e o Valmir Assunção

Capoeira é cultura, arte e educação

de um povo mandingueiro, na luta por libertação, camaradinha

É hora, é hora!!!

Dia 12 de Setembro, Domingo, a partir das 10h da manhã, no Largo da Dinha (Rio Vermelho)

 

Paulo Magalhães Fº

[email protected]

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