Capoeiristas reclamam de proibição de aulas no Cepa. (Foto: Roberta Cólen/ G1)

Alagoas: Capoeiristas protestam contra proibição de aulas no Cepa

Eles reclamam que aulas foram suspeitas sem justificativa. Grupo bloqueou avenida e afirma que está sendo vítima de discriminação.

Capoeiristas de Alagoas bloquearam um trecho da Avenida Fernandes Lima, em frente ao Centro Educacional de Pesquisas Aplicada (Cepa). Eles protestam contra a proibição das aulas de capoeira que eram ministradas gratuitamente na Escola Estadual Afrânio Lages, que fica nas dependências do Cepa.

A mobilização, denominada “Protesto do Berimbau Contra a Discriminação Institucional”, denuncia que a proibição é um preconceito à manifestação cultural. Segundo os capoeiristas, a atividade era oferecida de forma voluntária e foi proibida pela sem que houvesse uma justificativa para a medida.

O presidente da Federação de Capoeira do Estado de Alagoas, José Carlos Pereira, disse que o trabalho com cerca de cem alunos estava sendo feito há dois anos pela Associação Cultural Capoeira Brasil, entidade legalmente constituída. No dia 19 deste mês, eles foram informados pela diretora da escola que as aulas teriam que ser suspensas.

“As aulas eram voluntárias e ministradas por um professor formado em Educação Física e em escola de capoeira. Esse trabalho estava sendo muito importante para os alunos que passavam parte do tempo ocioso aprendendo uma arte. Não podemos admitir que atos de discriminação como esse aconteçam”, reclamou Pereira.

O professor Rodrigo Pedrosa de Freitas, conhecido por “Arapuá”, disse que quer um pedido de desculpa por parte da direção da escola. “Iremos ao Ministério Público denunciar essa situação. Desde que a Capoeira começou a ser difundida no estado sofre preconceito. Não vemos isso com outras atividades”, disse.

A técnica auxiliar do Núcleo de Rede do Cepa, Vânia Marciglia, informou que os capoeirisas não tinham autorização para ministrar aulas na escola. Ela disse ainda que os alunos da escola não participavam das aulas. “Eles têm que fazer uma proposta para a Secretaria de Educação. As aulas estavam acontecendo sem autorização e isso e ruim porque qualquer coisa que acontecesse não havia quem respondesse por isso”, falou.

A assessoria da Secretaria de Estado da Educação (SEE) informou que já está ciente do protesto e que vai encaminhar uma nota à imprensa.

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