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Associação Brasileira de Capoeira Angola articula pensão para antigos mestres de capoeira

Diretores da ABCA – Associação Brasileira de Capoeira Angola – serão recebidos nesta terça feira, dia 31, na Assembléia Legislativa da Bahia, pelo deputado estadual Yulo Oiticica, do PT, com uma longa trajetória de defesa da dignidade das classes populares. Será o início da luta pela pensão vitalícia dos antigos mestres de capoeira 

Guardiões da tradição desta cultura ancestral, muitos mestres são reverenciados mas têm dificuldades concretas de sobrevivência, depois de toda uma vida dedicada à cultura popular afro-brasileira. O Plano de Salvaguarda da Capoeira, elaborado pelo governo federal por ocasião do registro da capoeira como patrimônio imaterial brasileiro, prevê o reconhecimento do notório saber dos antigos mestres e a concessão de um plano de previdência especial para os mesmos. Entretanto, nada foi feito até então em âmbito federal. Pernambuco é o estado pioneiro com a criação da Lei do Registro do Patrimônio Vivo (Lei nº 12.196/02), seguido por Alagoas e Ceará.

Dentre os diretores da entidade, estarão presentes os mestres Virgilio, Nô, Boca Rica e Caboré, além dos capoeiristas e jornalistas Lucia Correia Lima e Paulo Magalhães. O principal objetivo da reunião é entregar ao deputado documentos com subsídios para a criação da Lei de Registro do Patrimônio Vivo na Bahia.

 

Casa de Tradição

A ABCA foi criada em 1987 por mestres como João Pequeno, Paulo dos Anjos, Nô, Ferrerinha, Renê e Curió, dentre outros, com o objetivo de contribuir para a preservação dos fundamentos da capoeira tradicional baiana. Hoje a entidade está vivenciando um profundo processo de renovação e preparando novos projetos. A capoeira angola está sendo praticada hoje em todos os continentes, criando um mercado de trabalho de difícil mensuração e levando ao mundo uma visão positiva do Brasil; vem ainda expandindo a língua portuguesa e trazendo ao país visitantes de todo o mundo, para o desenvolvimento do turismo cultural e étnico.

A ABCA estará focando seus esforços nesta busca de justiça e reconhecimento de todos os mestres da sabedoria popular, no berço da cultura que é a Bahia. “Angola: capoeira mãe”, repetem os mestres da associação, que se prepara para iniciar também em sua sede, na Rua Gregório de Matos, curso de inglês para capoeiristas e moradores do Pelourinho; a criação de uma escola superior de capoeira angola; sua transformação em um ponto de encontro nacional e internacional de capoeiristas, com reforma da loja, criação de biblioteca e videoteca, além de um arquivo de fotos e histórias dos mestres que compõem este patrimônio.

Lucia Correia Lima – DRT 1046

Paulo Magalhães – DRT 11.374

 

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