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AULAS EM ANGRA Prática de capoeira “incentiva a tolerância”

Destina-se a toda a gente, de qualquer idade, e tem como referência primordial o “respeito mútuo”. A capoeira, um jogo que obedece a movimentos acrobáticos, música e canto, com origem entre os escravos africanos levados para o Brasil, está a ganhar cada vez mais adeptos na ilha Terceira.

Neste ano lectivo, para além da Praia da Vitória, as aulas de capoeira estendem-se a Angra do Heroísmo, no Angragym, e contam já com uma dezena de inscritos. O próximo passo será levar a modalidade à freguesia da Vila Nova.

“As aulas começaram esta semana em Angra, a título experimental, segundas e quartas, e no próximo mês de Outubro deverão recomeçar na Praia da Vitória, quartas e sextas, para crianças dos 5 aos 10 de idade. Este projecto com os mais pequenos é desenvolvido pela Câmara da Praia e o ginásio do Lar D. Pedro V, e vai continuar, à semelhança do ano passado, mas mediante pagamento de valor simbólico. Também em Outubro pretendemos levar o projecto à Vila Nova, destinado aos adultos, às terças e quintas-feiras”, revela Nuno Mota (Carcará), responsável pelo grupo “União na Capoeira”. As aulas têm a duração de uma hora e meia (19h às 20h30), para os adultos, e de 45 minutos (18h às 18h45), para as crianças.
 

As pessoas manifestam interesse na modalidade “especialmente pelos floreios”. Porém, com tempo e experiência cada um deverá encontrar o seu caminho.

“Umas pessoas se identificam com a musicalidade, instrumentação e canto, outras apenas pelos movimentos, ou saltos, e, ainda outras, pelo jogo. Mas a soma de tudo isto, e muito mais, é que faz a totalidade da capoeira. Com os anos e com o tempo se vai aprendendo o que se quer realmente da capoeira”, sustenta.

Na prática, a capoeira oferece aos alunos, segundo Nuno Mota, “resistência para todos os grupos musculares, desenvolve força, elasticidade, equilíbrio, ritmo e coordenação motora. É uma actividade lúdica, um jogo que não incentiva magoar o parceiro, mas, sim, a jogar com ele”. Além disso, sublinha o responsável, “é um desporto praticado por pessoas muito diferentes umas das outras, o que incentiva a tolerância”.

Ao longo das aulas, depois de um pré-aquecimento, aquecimento com vários movimentos relacionados com a capoeira, movimentação básica, as duas sequências aprendidas deverão ser integradas no jogo com um parceiro, um a dois floreios (movimentos acrobáticos), jogo, preparação física, flexibilidade, e relaxamento com instrumentação e música.

No futuro, os objectivos do grupo “União na Capoeira”, adianta Nuno Mota, passam por organizar formações, workshops com os mestres e graduados para evoluir e conviver.

O “capoeirista”, praticante desde 1999, confessa que foram os floreios e o “domínio do corpo” que o motivaram à prática da capoeira. No entanto, as razões por que o levaram a ensinar a modalidade aos outros prenderam-se com “o desenvolvimento são da capoeira”. Uma tarefa que se manifesta, sobretudo, no “espírito de camaradagem”.

“Como diz o ditado: ‘Uma e duas andorinhas não fazem Verão’. É uma satisfação que se obtém na construção de um grupo coeso, com o espírito de camaradagem, que implemente valores sólidos de união, amizade e dois jogadores jogam a capoeira”, considera. E acrescenta: “Valores que se tende a perder na nossa sociedade cada vez mais individualista. Tudo em prol da capoeira. Salvé! Axé camará!”, remata.

Este ano, o grupo “União na Capoeira”, supervisionado pelo Mestre Umoi, apresentou-se nas Festas da Praia, no âmbito do programa oficial das festas do concelho, e nas Festas das Fontinhas.

Fonte: http://www.auniao.com/

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