Capoeirista de 10 anos morto em ação da polícia é homenageado
Denúncia contra envolvidos no crime é comemorada com capoeira
Trajando camisas com estampa “Eu só queria ser como meu pai, mestre de capoeira”, familiares, capoeiristas e o cantor e mestre de capoeira Tonho Matéria se reuniram ontem, na Escola Estadual Alfredo Magalhães, no Rio Vermelho, para mais uma homenagem ao menino Joel, 10 anos, morto durante ação policial na madrugada de 22 de novembro.
No local, funciona a escola de capoeira de Mestre Boa Gente, tio do garoto. Na ocasião, houve cerimônia de troca de cordão de outros meninos da mesma faixa etária de Joel. Segundo o pai do garoto, Joel Castro, 43, a criança queria ser capoeirista como ele e participava todos os anos do batizado, quando os alunos têm o grau elevado.
Na cerimônia, familiares de Joel comemoraram a decisão do Ministério Público de denunciar, por homicídio e omissão de socorro, os nove policiais militares da 40ª Companhia Independente da PM (Nordeste de Amaralina), envolvidos no crime. “Acreditamos na Justiça”, disse Joel Castro.
“Os policiais que fizeram isso com meu filho precisam ser julgados por crime comum”, afirmou.