RS: Liberdade e cultura expressas pela capoeira

Além da luta ideológica e pela liberdade, Zumbi dos Palmares difundiu outra, que até hoje é mantida como uma forte herança do povo negro: a capoeira. O contra-mestre Maoacir Fanfa, o Moa, é um dos responsáveis por esse trabalho de resgate da identidade étnico-cultural dos afro-brasileiros em Santa Cruz do Sul. E, mais do que isso, atua como um promotor da liberdade, expressada, para ele, por meio da construção da auto-estima e da inclusão social.
 
São essas lições que Moa costuma passar aos pequenos alunos das aulas de capoeira que acontecem todas as quartas-feiras no pólo comunitário do Bairro Menino Deus, em parceria com a Fundação Gazeta. “Os encontros, muitas vezes, são uma forma de manter os jovens longe das ruas, afastando-os da violência.”
A capoeira, diz Moa, nasceu na senzala, como um dos primeiros movimentos sociais surgidos no Brasil, de um povo que nunca aceitou a escravidão.
“E hoje está inserida na cultura mundial. É uma arte que integra pessoas de todas as classes e raças e difunde o objetivo de Zumbi. Enfim, é um instrumento de união”, afirma.
Como Moa, outros “filhos de Zumbi” ajudam a espalhar a herança dos antepassados. Um deles será homenageado nesta segunda-feira, na Câmara de Vereadores, como Destaque da Cultura Negra. Fábio Alex de Oliveira começou na capoeira em um projeto beneficente em 1991, aos 12 anos. Hoje é professor formado pela Associação Ginga Sul e também trabalha com jovens carentes do município.
 
Gazeta do Sul – Santa Cruz do Sul – RS – http://www.gazetadosul.com.br

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