Frevo: 105 anos de resistência popular

Frevo: 105 anos de resistência popular

O ritmo frenético com influências do maxixe e elementos da capoeira completa nesta quinta-feira (9) 105 anos de sua autenticidade.

O termo de origem frevo era a gíria que designava algo que estava fervendo ou na linguagem popular “frevendo”, o que lembrava milhares de pessoas com gingado inconfundível de passos soltos fervendo nas ladeiras de Olinda.

O frevo é a essência do carnaval pernambucano cantado em uníssono pelas troças carnavalescas e está presente na musicalidade de vários compositores e intérpretes da música Brasileira. Canções como “Não Puxa Maroca” pela orquestra Vitor brasileira comandada por Pixinguinha, “Frevo Mulher” de Zé ramalho, “Frevo rasgado” por Gilberto Gil e Bruno Ferreira e “Frevo Diabo” por Chico Buarque e Edu Lobo entre outros clássicos.

Apesar da comercialização do carnaval, o frevo permanece com suas raízes evidenciando um verdadeiro fenômeno de resistência popular que vem conquistando adeptos em todo mundo. Dessa forma a paixão dos brasileiros pelo ritmo que mais representa a maior festa popular está declarada nas canções de Alceu Valença.

Os 105 anos de Frevo-de-Rua, Frevo-Canção e Frevo-de-Bloco será comemorado em todo país com blocos, troças e bailes traduzidos numa manifestação musicalmente e coreograficamente pela legitimidade do nosso patrimônio cultural. A comemoração vai para além da quarta-feira de cinzas, a quarta-feira ingrata que nos deixa saudade “Quem tem saudade, não está sozinho. Tem o carinho, da recordação”, dizia os mestres do frevo, Nelson Ferreira e Aldemar Paiva no canção “Frevo da Saudade”.

Supervisão: Thayanne Magalhães

Fonte: http://primeiraedicao.com.br

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